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Com quantos paus se faz uma...batera! (Parte 1)


Fala galera beleza? Bom como todo mundo sabe as baterias são feitas de vários tipos de madeira, e vários tipos de "mistura" de madeiras. Esse assunto é extremamente abrangente mas nessa postagem eu vou tentar dar uma leve comentada sobre os principais tipos de madeira e suas características sonoras.


As primeiras coisas que temos que avaliar são as principais características das madeiras e suas sonoridades, e são elas: Densidade, Dureza e Frequências. A partir daqui você pode determinar qual é o melhor tipo de madeira para você (e seu estilo musical) e o tipo de sonoridade que você quer em uma bateria.



MAPLE O Maple é sem duvidas umas das madeiras mais usadas e amadas na construção de cascos pois possui bastante frequência grave, e um médio e agudo bem equilibrado, sua densidade e dureza são altas o que faz com que o Maple soe bastante ressonante e cheio, com aquele grave profundo e muito volume, esse equilíbrio entre as frequências proporciona um som com decay mais longo e uma projeção sonora excelente. O Maple tem sempre aquela sobra especial aquele

sustein mais prolongado.

Na minha opinião, 7 entre cada 10 bateras preferem o Maple, e não apenas por toda sua qualidade sonora mas também por sua aparência por ser uma madeira mais clara com veios bem desenhados, o que a torna uma madeira bem clássia e luxuosa para acabamentos naturais laqueados e encerados.



BIRCH

O Birch possui uma densidade e dureza um pouco inferiores ao Maple, ele possui bastante frequência aguda e grave, e poucas frequência media. Por esse motivo essa é a madeira dos sonhos dos engenheiros de som, pois por ter uma baixa frequência de médios, o som do Birch soa de maneira mais equilibrada, limpa, com uma definição incomparável e um timbre mais redondo e com poucas sobras.

Devido ao seu timbre naturalmente equalizado e características como um som bem seco, pouco ressonante e com um ótimo "quick" essa é a madeira mais usada em estúdios, é muito fácil de se tirar agudos cavernosos do Birch, pois por ser uma madeira menos dura e densa, ela tem um ataque e uma projeção mais controlada. Um fator que reforça esse detalhe é a baixa incidência das frequências médias permitindo-nos dizer que conseguimos um som mais “filtrado”. O Birch é uma madeira sempre aconselhada para se trabalhar de forma microfonada (tanto em estúdio como ao vivo), pois em ambientes maiores e sem microfonação adequada as “sobras” fazem falta, principalmente para sons mais pesados. O Birch também é uma madeira clara com veios singulares, que formam desenhos arqueados, o que a tornam uma madeira de extremo requinte para acabamentos naturais, laqueados e encerados.



AFRICAN MAHOGANY (MOGNO AFRICANO)

O Mogno Africano é uma madeira de referencia no assunto frequências graves, há pouquíssima presença de frequências agudas e uma presença razoável de médios. O som do Mogno Africano é extremamente pesado, gordo e com muito punch e pouco sustain, e nos tambores maiores a sensação é de estar tocando um canhão. A densidade do Mogno Africano está entre o Maple e o Birch tendo assim um som com boa projeção mas com volume razoavelmente mais moderado. Devido a extinção dessa madeira, o preço das baterias feitas com esse material é extremamente alto. O Mogno é uma das madeiras mais lindas e exoticas que existe, além de sua tonalidade escura, seus veios tem formas unicas o que (na minha opinião) faz com que baterias feitas com essa madeira tenham obrigatoriamente que ter um acabamento natural mostrando esses detalhes. Sem dúvidas são as baterias mais luxuosas.


Pra finalizar, a maior dureza, densidade ou “nobreza” das madeiras, não vai necessariamente fazer o seu tambor soar melhor, pura e simplesmente pela madeira. Acima de qualquer coisa para se ter um bom som de tambor há a necessidade de uma construção perfeita em todos os sentidos. Nada adianta o tambor ser do Maple mais nobre do mundo ou da Bubinga mais linda, se o casco não for bem colado e prensado, se ele não for bem lixado, não tiver uma fabricação esmerada em toda a sua produção. Se tiver bordas com cola ou tinta, não existirá madeira nobre no mundo que aguente, por isso, a maior importância está na boa construção de um tambor como um todo, aí sim no final, com uma boa madeira você conseguirá sentir toda a sonoridade que uma boa madeira pode proporcionar.


Baseando-se nestas três madeiras, podemos traçar um paralelo entre os outros tipos de madeira que também são utilizados na produção de bateras, mas que iremos falar em um outro post.


Forte abraço a todos e até mais.


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